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GUILHERMINA GUINLE – 25.09.1916 a 31.03.1964
Segundo publicado no livro "História do Fluminense", de Paulo Coelho Neto, editado em 1952, no dia 25 de setembro de 1916, a Diretoria do Clube aprovou a criação de sua Seção de Escotismo, dirigida pelo Capitão Paes Brasil, que em 1921 foi substituído pelo instrutor remunerado A.K. Jansen. Em 13 de maio de 1921, esta seção tinha 49 escoteiros divididos em três patrulhas: Laranjeiras, Botafogo e Leme. Estes "juraram bandeira" e, ao final do ano, realizaram acampamentos na Praia da Saudade, no Leblon, e em São Gonçalo, com 102 participantes. Em 1925 a seção alcançou um efetivo de 391 escoteiros.
Desde 1925 os escoteiros participavam das atividades oficiais do Clube e cooperavam na campanha de brinquedos para o Natal da Criança Pobre, sendo que em 1934, funcionou uma oficina de brinquedos na seção de escotismo, que produziu mais de 2.000 unidades.
Durante muitos anos a seção de escotismo recebeu da Família Guinle, uma doação mensal de 2:000$000, que foi mantida pelo Clube, após o falecimento da Senhora Guilhermina Guinle.
Em 1940, pelo Decreto-Lei 2028, foram extintos os Grupos Escoteiros em todo o Brasil, surgindo em seu lugar os Centros Cívicos. O do Fluminense, denominou-se "Centro Cívico da Juventude Brasileira".
No dia 6 de setembro de 1942 foi restabelecido o Escotismo no Fluminense, com a criação da "Associação Escoteira Guilhermina Guinle" (AEGG).
Nesta nova fase, ao assumir a Chefia do Escotismo, João Ribeiro dos Santos implantou uma filosofia educacional com maior participação dos jovens, desenvolvendo responsabilidade e liderança, em vez da ênfase paramilitar, que era muito freqüente nos outros grupos da época. Em 1945 solicita à União dos Escoteiros do Brasil, a criação de um novo ramo para os jovens de 15 a 18 anos, em face da diferença de interesses dessa faixa etária em relação aos escoteiros mais novos, fazendo assim, o Grupo ser o primeiro no Brasil, a ter uma Tropa Sênior. Em torno de 1958, o Grupo passou também a contar com chefias femininas, nas Alcatéias de Lobinhos. Em março de 1964, o "Grupo Escoteiro Guilhermina Guinle" (GEGG), era composto de três Alcatéias de Lobinhos (7 a 11 anos), duas Tropas de Escoteiros (11 a 15 anos), uma Tropa Sênior (15 a 18 anos) e um Clã de Pioneiros (18 a 24 anos).
IPIRANGA – 18.06.1964 a 18.06.1970
Em virtude da não aprovação da mudança nos Estatutos do Fluminense no que se referia aos sócios escoteiros, João Ribeiro dos Santos pediu demissão da Chefia do Grupo, no que foi seguido por todos os Chefes. Em reunião com alguns antigos escoteiros, deliberou-se pela criação de um novo Grupo, cuja chefia geral foi recusada por João Ribeiro dos Santos, pois não queria fazer concorrência ao Grupo patrocinado pelo Fluminense. As chefias das seções, juntamente com o antigo escoteiro Mauro Galliez, traçaram os planos do novo "Grupo Escoteiro Ipiranga", cuja data de fundação foi escolhida como sendo 18 de junho de 1964, por ser a data do aniversário de João Ribeiro dos Santos, e obtiveram autorização de funcionamento no pátio da sede da IVa Região Administrativa de Botafogo, na Rua Pinheiro Machado 36, onde mais tarde, com projeto de Wit Prochnik e colaboração de Theodoro Schmidt, ambos antigos escoteiros, foi construída e inaugurada em 12 de novembro de 1966, uma sede para o grupo. Em 1969, o Grupo Escoteiro Ipiranga, que recebera da Região do Estado da Guanabara, na sua fundação, o numeral 146, foi reconhecido pela União dos Escoteiros do Brasil, como continuidade do 1o Grupo Escoteiro Guilhermina Guinle, por ter as Chefias e a maioria absoluta dos escoteiros remanescentes dele, passando a denominar-se 1o Grupo Escoteiro Ipiranga. Em março de 1970, com a morte de João Ribeiro dos Santos, foi proposta à Direção do Grupo, a mudança do nome para àquele que sempre foi o seu Chefe Maior. Tendo sido a troca aprovada pela Assembléia do Grupo, foi feita a averbação da mudança do nome no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com a nova denominação: "Grupo Escoteiro João Ribeiro dos Santos".
JOÃO RIBEIRO DOS SANTOS – A partir de 18.06.1970
No período de 1970 / 1975 o Grupo manteve a sua sede na Administração Regional da IVa RA, na Rua Pinheiro Machado. Em 1975, foi obrigado a deixar o local, por solicitação do Estado. Começou assim um dos períodos mais difíceis da história do Grupo, uma vez que, não tinha uma sede. As reuniões das Seções eram realizadas no Aterro do Flamengo, no Parque Guinle e em outros locais públicos. Algumas Seções neste período foram fechadas, em decorrência da grande redução do efetivo.
Em 1978, a Diretoria do Grupo obteve a aprovação da Direção do Colégio Santa Úrsula, situado na Rua Gago Coutinho, para ali se instalar, onde permaneceu até 1982, ano em que o Colégio solicitou a devolução da sala que era usada como sede do Grupo. Era o retorno à situação já vivida entre 1975 e 1978.
Num Sábado de 1983, durante uma reunião da Alcatéia de Lobinhos no Parque Guinle, a Professora Lea Rocha Lima, que passeava pelo local com o seu neto, contatou a Chefe dos Lobinhos, interessada naquelas diferentes atividades, que as crianças faziam. Na evolução da conversa, Dona Lea, que era Diretora de uma Escola, demonstrou-se disposta em abrigar o Grupo Escoteiro.
Após os entendimentos iniciais, e atendendo a um convite formal, foi encaminhado em maio de 1983, o documento "Proposta de Intenções" à Direção da Escola "Jardim Miraflores", que aprovou a proposta, e abrigou o Grupo Escoteiro. A partir daquela data, no hoje denominado "Centro Educacional Miraflores, o Grupo Escoteiro João Ribeiro dos Santos trilhou novamente os rumos do crescimento. Construiu sua Sede e instalou-se adequadamente, podendo desenvolver suas atividades com normalidade.
História do Grupo